sábado, 11 de dezembro de 2010

A CIÊNCIA DOS PEQUENOS JOGOS ( PARTE 2)



Fedato Esportes – Consultoria em Ciências do Esporte
Prof. Antonio Carlos Fedato Filho

Prof. Guilherme Augusto de Melo Rodrigues

Alguns estudos comprovam a eficácia dos trabalhos bem programados de

pequenos jogos.

Uma pesquisa executada por Balsom, P., Lindholm, T., Nilsson, J., e Ekblom,

B.,com recursos do Centro Nacional Sueco para Pesquisa no Esporte, com o objetivo de

investigar a intensidade do exercício nos “pequenos jogos”(3x3) em oito diferentes

relações de trabalho/repouso, e comparar as intensidades de quatro desses jogos com a

corrida contínua sem bola, descobriram que a intensidade do exercício observada em

todos os oito “pequenos Jogos” (3x3) era alta o suficiente para manter ou aperfeiçoar a

capacidade de desempenho de um jogador de futebol. Além disso, quando comparada

com a corrida contínua sem bola a taxa estabelecida de trabalho/repouso, a intensidade

geral estimada era de magnitude similar.

Os protocolos de exercícios utilizados em relação a trabalho/repouso foram nos

primeiros quatro jogos um total de 18 minutos e nos outros quatro um total de 30

minutos cada

.

Os procedimentos foram seguindo um padrão realizando cada sessão (jogo) em

dias diferentes e aquecimento padronizado. Foram passadas instruções para os atletas

trabalharem no máximo de intensidade durante o período do jogo. Para atingir as

intensidades máximas em um campo reduzido 3x3 foram usadas um número de bolas

que seria possível a reposição imediata e uma dimensão de aproximadamente de 33

metros x 20 metros (distância observada como ideal também em estudos da Fedato

Esporte – Consultoria em Ciências do Esporte).

Através da analise dos resultados, observando o comportamento da freqüência

cardíaca durante os jogos reduzidos, foram encontradas as maiores intensidades nos

jogos 1 e 7, onde, por terem estipulado tempos de estímulo que trabalhará a resistência

anaeróbia específica de jogo expondo a musculatura dos atletas a acidose dando uma

condição de ganho de resistência a ela, com uma recuperação ideal para os atletas

conseguirem recuperar e manter uma alta intensidade até o final do treino atingiu o

objetivo de um treino de campo reduzido.

Os gráficos abaixo representam o resultado obtido no estudo, observando a alta

freqüência cardíaca atingida durante o estímulo e a boa qualidade de recuperação entre

os estímulos.

Os outros jogos também atingiram altas intensidades, mas com queda mais

acentuada no final devido ao baixo tempo de recuperação e conseqüentemente não

atingindo altas freqüências cardíaca como nos jogos 1 e 7.

Com base nessa teoria dos “pequenos jogos” a empresa Fedato Esportes –

Consultoria em Ciências do Esporte vem aplicando e coletando informações

importantes que comprovam os efeitos desse trabalho se aplicado de uma forma

organizada e bem programada. Os dados mostraram que seguindo as dimensões (20 m x

30m), número de atletas (3x3 a 4x4) e colocando regras simples e pequenos gols sem

goleiros em 4 pontos diferentes foi onde encontraram as maiores intensidades de

estímulos conseguindo durante a temporada juntamente com trabalhos cíclicos manter e

ter ganhos em relação as variáveis importantes para o desempenho nos jogos.

A figura abaixo mostra um treino de campo reduzido monitorado com GPS e

frequencimetro observando as intensidades acima de 100% sendo considerados como

estímulos anaeróbios láticos.

Em alguns casos os “pequenos jogos” têm um efeito negativo quando realizado

em excesso, pois os atletas, quando realizam essas atividades que normalmente são de

curta duração e alta intensidade, não têm o compromisso de dosar as variáveis utilizadas

no jogo e com o tempo passam a não dosá-las no próprio jogo, acarretando um gasto

excessivo no início da partida, pela forma alucinante que iniciam o jogo e no final

ocorre, em alguns casos, a queda de algumas variáveis que levaria o atleta a manter um

padrão físico até o final.

Conclusão

Através destas informações conseguimos observar que o trabalho acíclico com

pequenos jogos é de extrema importância juntamente com trabalhos cíclicos dentro de

uma programação de treinamento.

Através dos pequenos jogos conseguimos uma manutenção e ganho de algumas

variáveis específicas do jogo se montados levando em conta os fatores que ajudarão na

aplicação de um trabalho com altas intensidades.

Em uma programação de treinos com trabalho de campo reduzido podemos

treinar de forma física e técnica sendo de grande importância a monitoração e o controle

de qualidade realizados pelo fisiologista tanto dos trabalhos físicos quanto dos trabalhos

técnicos com o objetivo de observar se as sessões de treinos estão atingindo o objetivo,

levando o maior número de informações para a comissão técnica dando tempo para

realizar alguma correção ou adaptação na programação de treinamento conseguindo

chegar no melhor índice de aproveitamento auxiliando o atleta a alcançar seu

desempenho ideal para disputa de uma partida de futebol.

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